De Mr. Pink a Apóstolo do Dudeísmo
- letrapixfestival
- 13 de dez. de 2014
- 2 min de leitura
Alcançar um status no cinemão americano de ator cult com extrema versatilidade encarando pontas em comédias duvidosas de Adam Sandler ao mesmo tempo que marca filmes dos irmãos Cohen e de Tarantino, não é para quem quer.
Steve Buscemi pode. Ele é incomparável e é fácil lembrar rapidamente de alguns papéis que imprimem a personalidade do fast talker novaiorquino:
O performer no curta que Scorsese assina na coletânea New York Stories, o Mr. Shh em Coisas Para Fazer em Denver Quando Você Está Morto, o bellboy de Barton Fink, o assassino em Fargo, o Donny de The Big Lebowski, o garçon Buddy Holly do bar vintage de Pulp Fiction, o serial killer em Con Air, o adicto em Armageddon:
O diretor de rehab em 28 Dias, o poeta-assaltante-de-banco de Big Fish do Tim Burton, o vendedor em On The Road do Walter Salles, o show de atuação do gangster em Boardwalk Empire na HBO, o garçon com a teoria do irmão gêmeo de Elvis Presley em Sobre Café e Cigarros de Jim Jarmusch, e o Mr. Pink.
Talvez seja sua performance que entra no panteão do cinema com o tom forçadamente cool de violência assustadora em Mr. Pink, roubando todas as cenas em que aparece em Reservoi Dogs.
Como um dos apóstolos do "Dudeism" -- religião que cresce lentamente nos adeptos do Dude, o Grande Lebowski, hoje celebremos o aniversário desse grande ator que inspira um cinema americano que é bom demais.
(Exceto os filmes de Michael Bay citados acima, logicamente).
A seguir uma captação em vídeo do ensaio de filmagem de Cães de Aluguel, apresentado no festival de Sundance anos depois da produção.
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